Histórias dos "Sliztacks Velha Guarda" (e outros bichos) do Rafting no Rio das Antas – Serra Gaúcha – RS – Brasil

14 abril 2009

Saudades do Rafting e com razão!


Taí o maior motivo para se ter saudades do Rafting. Ou você acha que fazíamos Rafting para tomar caldos? Sai pra lá, cara! Nenhum dos Sliztacks - Velha Guarda, ia pro Rio das Antas com esse propósito, já os Lagartos, sim!

Não deixe de ler, aqui no Blog, a postagem "Olhaí As Lagartas na sua Fase Borboleta"
(12 de março de 2007) e você vai entender porque.

Outra coisa, na foto (clique nela para ampliar), os que estão correndo na frente, de licra vermelha, são dois Lagartos... E nós os Sliztacks onde estávamos? Olhe o ângulo da foto e conclua (precisavam ver o resto).

Lembram desse dia Sliztacks? Ahh!!! Quantas saudades...

Photo by: Lissa The Eye

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06 abril 2009

"Foi um rio que passou em minha vida e que me deixou assim..."




- Então, acabou mesmo o Rafting "Radical" do Rio das Antas?
- ÉÉÉ... tudo indica que sim!


Só quem fez o "radicalíssimo" Rafting do Rio das Antas, e tomou aqueles caldos fenomenais, sabe o quanto foi perdido. A represa está aí e não tem mais o que fazer. Agora, é esperar a idade chegar um pouco mais e contar essas histórias de rafting para os netos, por que os filhos, não acreditam.

A seguir: A LISTA E DESCRIÇÃO DOS DEZ CALDOS MAIS ARREPIANTES DO (ex) RAFTING RADICAL DO RIO DAS ANTAS:

1 - Caldo no Ciclone:

Esse, só pra quem era "mucho macho" e olha lá!

2 - Caldo no Triângulo da Bermudas:

Igual ao Ciclone, com um agravante
, quem sobrevivia ficava falando baixinho e fininho (além de querer usar as roupas da esposa, irmã e/ou namorada), por semanas a fio.

3 - Caldo no Labirinto:

Esse era o primeirão! A largada! Feito sob medida para quem iniciava (ou terminava) a carreira no rafting.

4 - Caldo na Garganta do Diabo:

Muito afu D! A gente ficava com a sensação de estar dentro de uma máquina de lavar
roupas gigante e fechada com um cadeado.

5 - Caldo na "Comprida":

Aqui era f... Uma corredeira de uns 200 metros (por isso "Comprida"), cheia de pedras (287 pedras, segundo o "Biazul do Rafin"
), virar nela, era o mesmo que se atirar dentro de um triturador de cascalho.

6 - Caldo no "S":

FABULOSO!!! Um dos mais legais, principalmente quando formava a "Terceira Onda"
. O "S" foi responsável por abortar-na-hora a "promissora carreira" de muitos candidatos a "guias". Antes de entrar no dito cujo "S", era comum ouvir dos "calejados" guias a seguinte ladainha: - "Se o bote virar nadem (queriam dizer rezem) pra direita!" Noventa e nove por cento das vezes, virava e a galera nadava pra esquerda!

7 - Caldo no Rodeio:

Esse era "o seletivo". Selecionava quem continuava a fazer rafting e quem abandonava pra sempre. A lista dos que NUNCA MAIS fizeram rafting (por causa do Rodeio): Magrão, Fabiano Sombra, Duda, Charles, entre outros.

8 - Caldo no "Barulho":

Esse era o "caldo da vergonha". Quem tomava caldo aqui, morria de vergonha, pois a corredeira só fazia barulho e nada mais. Dava quase pra atravessar a pé.


9 - Caldo no "Vira-Vira":

Era onde os guias descontavam as suas frustrações. Começavam com o "papo-furado" de que alí, era o ponto mais light para se virar um bote e blá,blá, blá... A turma "embarcava" nessa e, coniventes, deixavam virar. Tomavam água feito gansos, perdiam remos, chamavam a mãe... Levava-se uns 30 minutos para recolher a galera e se preparar para a última e derradeira corredeira, a temida Caninana!


10 - Caldo na Caninana:

Aqui, era onde o rafting chegava ao fim (para o alívio da grande maioria). Caninana, a última corredeira, a mais temida, a que dava o "bote" no bote. Perdeu-se a conta do número de caldos ocorridos na Caninana. Era ela quem ditava as regras. Fazia a gente descer de qualquer maneira: de frente, de ré, de lado, por cima, por baixo, de "currupiu", de "cunhéim" e por aí afora. Infelizmente, foi a única corredeira que cobrou "pedágio", um pedágio caro demais
para quem pratica rafting. Cobrou uma vida. Pena!

Mas, as lembranças do "Desafio da Caninana", daquela hora em que se chegava próximo dela, de ouvir o "troar" e ver os respingos da água (que parecia fumaça), é de ARREPIAR! Era o ponto mais crítico do rafting. As margens do rio apinhadas de gente, torcendo para que tomássemos caldo. Câmeras fotográficas, para registrar e depois (só por farra) colocar na internet. Então, lá se ia o bote "corcoveando" como potro chucro, com meia dúzia de caras berrando frases de efeito como: - "Vamos matar essa cobra e mostrar o pau!" Para encobrir o que realmente queriam gritar: - "QUERO A MINHA MÃE!!!"

Esse tipo de rafting não volta mais! Deixa saudades! Os Sliztacks Velha-Guarda estão cada vez mais "Vecchios", porém, fica o consolo, de que os Lagartos já estão ficando "Vecchios" também e querendo entrar para o clube. Sejam bem-vindos! Não esqueçam que tem que ser aprovados pela "Comissão Mór" dos "Sliztacks Velha Guarda do Rafting do Rio das Antas" e não tem moleza, é só Gran Reservas!


"Foi um rio que passou em minha vida e que me deixou assim..."

Foto: Luciano "Xuxa" Spader


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